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O Ministério Público Federal (MPF) identificou, através de uma investigação, “fortes indícios” da existência de funcionários fantasmas em diversos órgãos e secretarias do Estado. De acordo com o procurador regional João Gabriel Moraes de Queiroz, o MPF buscava em sua investigação checar denúncias de que haviam servidores do Estado trabalhando na campanha eleitoral. Contudo, eles não conseguiram comprovar essa informação, mas encontraram “indícios de que existem muitos servidores que não estão trabalhando nos cargos para os quais foram nomeados" - os chamados "funcionários fantasmas".
“Chegamos a recolher o depoimento de servidores que não souberam precisar o nome de um único colega que trabalhava com ele”, contou o procurador, em entrevista à Rádio CT. Segundo ele, havia servidores lotados há mais de cinco anos no Estado que não souberam informar em qual sala trabalhava ou o ramal de seu telefone. “São informações básicas que qualquer pessoa que realmente tivesse trabalhando saberia informar”, ponderou.
O procurador disse ainda que os indícios estão sendo encaminhados para o Ministério Público Estadual (MPE) e para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em razão destes servidores estarem lotados em órgãos da esfera estadual. Contudo, ele disse que o MPF poderá investigar os casos em órgãos como a Junta Comercial do Tocantins (Jucentins), que tem ligação com o Ministério do Desenvolvimento.
A assessoria do MPE confirmou que os relatórios com os indícios da existência de funcionários fantasmas no Estado foram entregues ao órgão. O promotor Adriano César Pereira, responsável pelo setor de Patrimônio, está com essas informações. A assessoria não soube informar qual será o procedimento dentro no MPE.
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