segunda-feira, 15 de março de 2010

Sorria!

             Por Gláucia Peixoto 


Sorria, porque o amor existe. Sorria, pois o sol  levantou-se mais uma vez. Sorria, sim, porque você tem uma nova chance pra fazer o que não fez e amar quem não amou. Sorria, porque tudo ainda pode acontecer, não deixe o medo vencer a beleza rara que Deus pintou em tua face. Sorria, porque as flores ainda nascem; embora  esperem pela primavera. Sua felicidade também espera  pela primavera das suas risadas gostosas. Sorria para a vida, ou a vida sorrirá de você.





             

Entre Folhas e Flores



Por Gláucia Peixoto

Hoje ao caminho do trabalho deparei-me mais uma vez com aquela velha senhora e sua arte cotidiana de varrer sua porta sempre tão cheia de folhas, reparei atentamente no seu vestido também velho, seus chinelos e passos já tão gastos pela ação inexorável do tempo, seus cabelos estavam, como de costume, envoltos em um lenço de singular colorido.


 Perguntei-me quantas portas já terá varrido em sua longa vida, naquele lugarejo tão pequeno, tão curto em esperança, talvez fosse condenada a varrer somente aquela porta.


 O que mais impressionava era, pois, a delicadeza sem enfados com a qual realizava sua arte tão repetitiva e assim, por não mais suportar aquela curiosidade mais feminista que feminina, perguntei-lhe se não seria o caso de cortar a  árvore responsável pela sugeria diária, já que haviam tantas outras no quintal, ela no entanto com seu jeito humano de mulher experiente, respondeu-me singelamente que da tal árvore ,uma vez ou outra, floresciam umas flores lindas cuja brancura fazia da calçada inteira um lindo tapete branco, acrescentou ainda que o perfume das flores era incomparável e ainda permaneciam por algum tempo depois da primavera.


 Perguntei-me então, quantos de nós tem como aquela senhora a coragem de apanhar suas folhas cotidianas até que venham as flores.


 Quantas vezes preferimos cortar nossas árvores e encarar uma vida sem flores como preço justo por um quintal sem folhas.


Muitas são as ocasiões nas quais podamos para sempre nossas árvores por nos recusarmos a varrer as mesmas folhas ou os mesmos erros que teimam em se repetir ao longo dos tempos.
 Esquecemos assim, que tal qual à árvore que derruba folhas secas e também dá flores e frutos, as pessoas que nos aborrecem com seus erros constantes podem nos trazer alegrias verdadeiras e felicidades douradoras.


A escolha depende unicamente de nós... Varrer ou cortar.

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