sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Deputado Stalin: uma voz atrás de uma causa (própria) e seu diploma de Direito

A jornalista Roberta Tum fez um belo artigo ontem sobre essa querela, agora realimentada pelo deputado Stalin Bucar contra a senadora Kátia Abreu e seu filho, o deputado eleito Irajá Abreu. Stalin daqui a 35 dias, será oposição. Ou não. Stalin, aliás, penso, deve enxergar a senadora Kátia Abreu como o seu alter ego. É como se espelhasse na Senadora e tentasse alcançá-la.
Como seu super-ego tem limitações e não consegue separar o ego moral e a consciência moral, procura, por todas as formas, atingi-la, chamar-lhes a atenção para o que pensa. Se não há motivos, os inventa ao sabor de seus interesses. Tem sido assim no últimos dez anos, como comprova farto material jornalístico disponível por aí.

E ele, como deputado e que milita na política há muito, não precisaria disso, não é mesmo?

Veja  essa questão do Naturatins, presidida pelo filho de Stalin, é um negócio escandaloso. Deus, Raimundo e todo mundo sabem do que ocorre lá naquele órgão. Até mesmo fiscais não suportam mais o nível de entendimento. Como bem informou a jornalista Roberta Tum, tornou-se um órgão independente, um feudo do parlamentar e uma mina para empresas do ramo. E, que, claro repartem o seu butim.

Mas nessa seara, Stalin Bucar tem histórico. Desde lá no Ibama (quem não se lembra aí do que ele aprontou com o patrimônio do órgão, nas suas deslocadas para sua praia particular em Araguacema?). Diria os mais velhos?: É do seu psiquê.

Veja outro: em 2002, Stalin Bucar prestou exame de OAB e logrou aprovação. Em 8 de julho de 2004, entretanto, o então presidente da OAB, Luciano Ayres, através do ofício 471/2004-GAB, atendendo o relator do processo 0-46/2003, advogado Manoel Messias Pontes, resolveu desta forma: “Que seja declarado suspenso, sem efeito de pleno direito, com a lavratura do respectivo ato, no que se refere ao Certificado e Habilitação em Exame de Ordem fornecido pelao OAB –TO, ao representando, ficando o sr. Stalin Juarez Gomes Bucar impedido de utilizar do referido Certificado da Seccional Tocantinense da Ordem dos Advogados do Brasil ou em qualquer outra co-irmã, para inscrição como advogado”.
A OAB também pediu no mesmo ato que Stalin devolvesse o certificado de habilitação e mandou o processo para o Ministério Público Federal.

E qual era o busilis?
 Stalin apresentou na OAB um certificado de conclusão de curso de direito da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. É uma instituição do Rio de Janeiro. No certificado, Stalin teria concluído o curso em 1.988, mesmo ano de criação do Estado.

Ocorre que a Faculdade informou que o diploma apresentado por Stalin não foi expedido por aquela instituição e que o atual deputado não foi “membro do corpo discente da F.B.C.J.” Resumo: Stalin não teria freqüentado (ou esquentado) o banco da escola da qual apresentou diploma de bacharel em direito.

A Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas oficiou à OAB do Tocantins em 17 de fevereiro de 2004, através de sua diretora, Henry Pinella da Silva, que a entidade não emitiu o diploma apresentado por Stalin na OAB do Tocantins. E mais, que não poderia encaminhar o histórico escolar e outros dados de Stalin simplesmente porque “o mesmo não foi membro do corpo discente da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas”. Ainda encaminhou a instituição à OAB uma cópia do diploma (em branco) salientando que quando há mudança no formato do diploma, as cópias anteriores são recolhidas e incineradas.

A ação penal subiu para nível federal.

E o que significa isso. A prevalecer estes documentos aí, o deputado Stalin teria praticado estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falso e outros, com apuração de órgãos federais por envolver o sistema nacional de ensino.

Esse aí é o deputado Stalin Bucar, uma voz atrás de uma causa na Assembléia e na defesa da família, no que é exerce um seu direito. O desafio é deixar de lado a coisa pública.



Este aí é o ofício da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas, encaminhado à OAB Tocantins que informa não ter emitido diploma para Stalin porque "não foi membro do corpo discente da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas".










Esta é a cópia do diploma de bacharel em direito apresentado por Stalin para se inscrever na OAB Tocantins e que a faculdade diz ser falso porque o deputado não esquentou os bancos naquela Instituição.

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