segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tocantins tem a maior tarifa de energia da região Norte

Publicado no Jornal Primeira Página Edição Nº 957 - 25/10 a 31/10/2010

Apesar de o Estado produzir energia em abundância, a tarifa é a 3ª mais cara do Brasil. O que resulta do alto custo dos impostos que já vem embutidos na conta do consumidor tocantinense.
Os Estados em que a energia sai mais pesada no bolso da população, além de Tocantins, são Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Certamente, depois do grupo alimentos, a energia elétrica está entre as despesas mais expressivas da população de baixa renda. 
O Tocantins, é o terceiro estado do país que mais cobra pelo killowatt-hora (Kw/h), em nosso Estado, segundo levantamento da própria ANEEL, o consumidor paga 0,41807 pelo benefício. Enquanto que, no Amapá, o custo do Kw/h não passa de R$ 0,19729.
O Brasil é campeão mundial em uma categoria nada honrosa: cobrança de impostos e encargos na conta de luz. O consumidor pode não saber para onde vai o dinheiro, mas sente no bolso: do valor total da conta, 43,7% são encargos, tributos e impostos, afirma o Instituto Acende Brasil, com base em dados da consultoria Pricewaterhouse Coopers.
Ou seja: de cada R$ 100 na conta do consumidor, R$ 43,7 vão direto para os cofres públicos. O consumidor paga uma série de encargos que a fatura não mostra – alguns deles sem nenhuma necessidade.
Uma dessas contribuições vencidas pelo tempo é a Reserva Global de Reversão. Criada para cobrir gastos da União com indenizações caso uma concessão tivesse que ser revogada, o tributo hoje financia políticas públicas da Eletrobrás. Sendo que o governo não precisa mais dessa verba.
Outra taxa, a TFSEE, foi criada para cobrir os custos de funcionamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre outros encargos, também está embutida a Conta de Consumo de Combustível (CCC). Cobrada em todas as contas, a CCC foi instituída para subsidiar a energia consumida na Região Norte do país, onde o custo é mais alto por causa das usinas que funcionam a combustível fóssil, como carvão. O que não é o caso do Tocantins.
Em 2002, o faturamento do Estado com o ICMS arrecadado pela Celtins foi de R$ 36 milhões. Em 2009, essa arrecadação chegou a R$ 104 milhões. Um aumento de 180%.

Saiba onde se paga mais caro, no País, pelo consumo de energia elétrica em kWh

Concessionária B1 Residencial (R$/kWh)
EMG 0,43907
UHENPAL 0,42086
CELTINS 0,41807
CEMAR (Interligado) 0,41392
COELCE 0,40199
CLFM 0,38851
EFLJC 0,38626
RGE 0,38429
CHESP 0,38426
CEMIG-D 0,37624
ELFSM 0,37573
AMPLA 0,37394
CEPISA 0,37314
IENERGIA 0,37183
CELPA (Interligado) 0,36990
ELETROCAR 0,36920
DEMEI 0,36764
ELEKTRO 0,36604
CEMAT (Interligado) 0,36483
FORCEL 0,36405
SULGIPE 0,36387
ENERSUL (Interligado) 0,36346
CSPE 0,36183
HIDROPAN 0,36026
COOPERALIANÇA 0,35786
CLFSC 0,35410
ELETROACRE 0,34952
EPB 0,34886
CPEE 0,34867
COELBA 0,34858
EEB 0,34503
CEAL 0,33363

Concessionária B1 Residencial (R$/kWh)

ENF 0,33311
COCEL 0,33214
ESCELSA 0,32889
MUX-Energia 0,32609
CELESC-DIS 0,32499
COSERN 0,32365
CELPE 0,31929
CERON 0,31806
EFLUL 0,31736
CNEE 0,31201
LIGHT 0,31143
AmE 0,31024
CERR 0,30839
CPFL-Paulista 0,30770
DMEPC 0,30642
ESE 0,30495
CEEE-D 0,30410
CFLO 0,30410
JARI 0,30345
BANDEIRANTE 0,30146
COPEL-DIS 0,30000
EDEVP 0,29901
ELETROPAULO 0,29651
AES-SUL 0,29637
CPFL- Piratininga 0,29549
CELG-D 0,29353
CJE 0,28636
CAIUÁ-D 0,28195
CEB-DIS 0,27952
Boa Vista 0,26356
EBO 0,25757
CEA 0,19729

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